Em celebração ao Dia do Engenheiro, conversamos com André Coelho, Coordenador de Projetos, Felipe Andrade Vitorino, Consultor de Projetos na área de Saneamento, e Artur Carneiro, Consultor – Especialista em Geometria/Terraplenagem, destacando o impacto dessa profissão na transformação de ideias em soluções práticas para a sociedade. Eles compartilharam suas trajetórias, desafios e conquistas, mostrando como a Engenharia impacta positivamente o dia a dia de todos. Confira a entrevista completa e conheça as histórias de quem constrói o futuro!

André Coelho, Coordenador de Projetos

André Coelho

O que te inspirou a seguir a carreira em Engenharia?

Minha afinidade com a Engenharia e a oportunidade de participar de projetos de infraestrutura de grande escala, impactando milhares de pessoas, sempre me motivaram. Além disso, tenho um tio que é engenheiro mecânico e que sempre me inspirou. Curiosamente, ele faz aniversário no dia 11 de dezembro.

Qual foi o projeto mais desafiador ou marcante da sua carreira?

Devido à complexidade intrínseca do projeto de engenharia e à novidade da utilização da Metodologia BIM em projetos de infraestrutura, em 2017, o projeto de duplicação da Rodovia Raposo Tavares foi um grande desafio. Foi necessário um grande esforço para manter a qualidade, cumprir prazos e adaptar-se à nova metodologia de trabalho.

Que impacto você acredita que seu trabalho traz para a sociedade?

Na liderança, acredito que tenho a oportunidade de contribuir e garantir que os projetos de infraestrutura sejam elaborados com qualidade e segurança para os usuários, sempre alinhados com os valores da Sondotécnica. Mesmo diante dos prazos desafiadores da atualidade, é nosso dever desenvolver o melhor projeto possível, reduzindo os custos de transporte e promovendo conforto, segurança e inclusão social.

Quais são os principais desafios e oportunidades da sua área atualmente?

Aproveitar as novas tecnologias que auxiliam na gestão de projetos para garantir a organização necessária e uma boa comunicação com a equipe. Acredito que é fundamental fazer o possível para que todos os envolvidos tenham clareza sobre o projeto a ser elaborado, eliminando retrabalho, tarefas desnecessárias e ruídos causados pelo excesso de informação.

Que conselho você daria para quem está iniciando na engenharia?

Que não economize esforços durante o período de trabalho e estudos, sempre alinhando novos conhecimentos técnicos de Engenharia, organização e atenção a novas tecnologias que possam eliminar algumas tarefas repetitivas.

Felipe Andrade Vitorino, Consultor de Projetos na área de Saneamento

Felipe Vitorino

O que te inspirou a seguir a carreira em Engenharia?

Quando eu estava na época de prestar vestibular, tive muitas dificuldades em escolher a minha profissão. Havia tantas dúvidas que procurei ajuda com especialistas e fiz alguns testes vocacionais, mas os resultados nunca eram claros. Cheguei a prestar vestibular para Comunicação Social, Ciência da computação e Engenharia. Sem saber o que queria, em 2001, passei no vestibular e me matriculei no curso de Engenharia Ambiental. Era um curso novo, nem regulamentação do CREA havia na época, e fui da segunda turma de Engenharia Ambiental na faculdade.

Sempre tive vontade de fazer algo com um bom propósito. Durante o curso, em Minas Gerais, as maiores vagas de estágio e boa parte do conteúdo na faculdade eram voltados para o setor de mineração. Felizmente, consegui meu primeiro estágio em uma empresa de consultoria de projetos de água e esgoto para a COPASA (Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais).

Lembro bem quando era estagiário e tive que abrir uma caixa de passagem de esgoto. Até hoje, recordo o formato e os cheiros dos dejetos naquela caixa, além das reações dos profissionais que me acompanhavam, torcendo o nariz e fazendo caretas. Naquele momento, descobri minha vocação. Para mim, era importante fazer algo que muita gente não gosta e que tivesse um bom propósito. Coletar e tratar esgotos era perfeito, e eu gostava! Daí em diante, me considero um profissional de “merda”, com muito orgulho, até hoje.

Qual foi o projeto mais desafiador ou marcante da sua carreira?

Trabalhei durante 10 anos com serviços de engenharia, operação e manutenção de sistemas de água e esgoto. Nesse período, o maior desafio foi participar de projetos de construção, reforma, adequação e ampliação de sete estações de tratamento de esgoto.

Que impacto você acredita que seu trabalho traz para a sociedade?

Fui responsável técnico por estações de tratamento de água e esgoto na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, atendendo mais de 500 mil habitantes com água tratada e mais de 200 mil com esgoto tratado. Minhas ações nesse período impactaram diretamente a vida de muitas pessoas, garantindo qualidade de vida e proteção ambiental.

Quais são os principais desafios e oportunidades da sua área atualmente?

O saneamento, como o próprio nome sugere, é algo essencial para a vida. Olhando para os índices de cobertura de saneamento no Brasil, especialmente em relação ao esgoto, é evidente que ainda há muitas oportunidades. Os desafios não são apenas técnicos, pois os projetos envolvem muitas disciplinas de engenharia e uma grande quantidade de stakeholders. Para mim, o maior desafio é lidar com pessoas para fazer as coisas acontecerem.

Que conselho você daria para quem está iniciando na engenharia?

Para quem deseja trabalhar com saneamento, meu conselho é estar preparado para as altas demandas do setor. A expectativa é que nos próximos 10 anos o setor experimente um boom de projetos e obras.

Artur Carneiro, Consultor – Especialista em Geometria/Terraplenagem

Artur CarneiroO que te inspirou a seguir a carreira em Engenharia?

Minha inspiração veio do prazer de aprender e da curiosidade, somados ao gosto por estudar matemática. Sempre tive o objetivo de me tornar um profissional de exatas que impactasse positivamente a vida das pessoas.

Qual foi o projeto mais desafiador ou marcante da sua carreira?

Minha especialidade é Geometria Viária. Diariamente, o profissional dessa área enfrenta grandes desafios, mas o maior deles tem sido os projetos da Via Costeira. O solo da região apresenta grandes dificuldades para os profissionais de Geotecnia, e, ao mesmo tempo, o projeto de Geometria deve seguir as diretrizes normativas e os parâmetros geotécnicos, de modo a atender ao plano de negócios do cliente.

Que impacto você acredita que seu trabalho traz para a sociedade?

Meu trabalho contribui para a melhoria da mobilidade, segurança viária e conectividade entre regiões. Além disso, um projeto de Geometria bem planejado minimiza os impactos ambientais, trazendo equilíbrio entre progresso e sustentabilidade.

Quais são os principais desafios e oportunidades da sua área atualmente?

Os principais desafios incluem o domínio técnico entre todas as disciplinas da Engenharia para uma melhor concepção de traçados geométricos, somado à necessidade de adotar tecnologias como automação (Dynamo), BIM e Inteligência Artificial. Por outro lado, quanto maior o leque de conhecimentos de um profissional, maior será a procura por ele no mercado de trabalho.

Que conselho você daria para quem está iniciando na Engenharia?

Entenda profundamente os fundamentos da Engenharia Rodoviária, sem se limitar ao básico. Busque sempre se atualizar sobre novas tecnologias e biografias de grandes referências. Além disso, desenvolva habilidades interpessoais, pois a Engenharia é um trabalho colaborativo.

 


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