O legado que a tecnologia pode trazer para a sociedade

O BIM (Building Information Modeling) é uma tecnologia que já é realidade em mais de 79% das empresas, segundo dados de 2020 de um levantamento liderado pela Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Participaram deste estudo 18 países, entre eles o Brasil. Se esta modelagem já é tão utilizada, o que ela pode trazer de novo que ainda não sabemos?

Quem responde a esta pergunta é a nossa gerente de BIM, Stefania Dimitrov.

“No BIM, você faz um modelo e tem a possibilidade de mantê-lo como um gêmeo digital da sua construção, com riqueza de informações gráficas e não gráficas. Pode também trazer economia para o empreendedor, já que a construção digital em 3D antevê um canteiro de obras. Todos os problemas que aconteceriam em um canteiro podem ser minimizados. É na obra que todas as áreas se juntam. Pode-se descobrir com maior facilidade, por exemplo, incompatibilidades entre os projetos antes de a obra ser realizada. O orçamento também fica mais rastreável, pois é possível fazer links entre planilhas de custo e modelo. Mas o grande potencial do BIM é ser um depositório de informações acessíveis durante todo o ciclo de vida do empreendimento”, explica.

A Sondotécnica já usa BIM há alguns anos, por meio da Autodesk. O primeiro projeto foi o de uma estrada. O CEO da Sondotécnica, Fabio Bergman, chamava a atenção já no início deste processo sobre a questão orçamentária: “Ao investir em um projeto BIM o contratante economiza de 20% a 30% na execução da obra. Confira detalhes do primeiro projeto da Sondotécnica com BIM.

Vantagens do uso do BIM
O orçamento não é a única vantagem no uso do BIM. A tecnologia pressupõe um ambiente comum de dados (também chamado de Commom Data Enviroment) e, desta forma, o projeto não se perde depois da finalização da obra. Fica tudo reunido em um só local e o modelo inicial pode ser alimentado com informações atualizadas. Pode-se anexar plantas em 2D, notas fiscais, criar uma linha do tempo com as mudanças realizadas. Isso dá ao projeto um potencial maior e cria uma memória.

Para uma cidade, por exemplo, ter essa memória em dados, esse registro de cada etapa dos projetos ali realizados, é um ganho, exemplifica Stefania: “O projeto pode ser um depositório de informações. Aqui na Sondotécnica estamos realizando projetos já com foco em operação e manutenção das rodovias, como na BR 282 (SC) e a BR 116 (PR). Outra aplicação é o escaneamento de algumas áreas de risco. A modelagem permite simular áreas de inundação em fundo de vale, possíveis moradias em risco de desabamento. São dados que ficam atrelados ao projeto e tudo isso é registro. A memória em dados pode ser usada para novas ações, prevenção de acidentes e etc”, aponta.

Os próximos passos do BIM: contratação de projetos
O BIM é inovação, ajuda no progresso da sociedade e está bem disseminado. E isso fez com que surgissem muitos profissionais especializados para usar a ferramenta de modelagem. A gerente de BIM da Sondotécnica alerta também para um apontamento que levantou em um congresso do qual participou, na Argentina: “A questão do BIM hoje é como saber contratar um projeto em BIM e não mais sobre como saber modelar. Hoje orientamos empreendedores na elaboração de Cadernos BIM de Contratação, com os requisitos do Contratante, e também sobre a rota tecnológica mais adequada ao empreendimento. Elaboramos planilhas com requisitos de informações gráficas e não gráficas que devem estar presentes no modelo para atender as expectativas do Contrato BIM. Desta forma, orientamos os contratantes para o desenvolvimento de seus empreendimentos”.

A Sondotécnica atua em BIM há alguns anos em todo o ciclo de vida do empreendimento, desde a fase de desenvolvimento de projetos, bem como de planejamento, fiscalização, supervisão e gerenciamento da obra. Também fazemos levantamento em 3D, estudos de viabilidade, bem como consultoria para contratação de empresa para executar a obra.

“É preciso que se pense em como fazer deste potencial do BIM um ativo efetivo para o cliente”, conclui Stefania.


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